terça-feira, 5 de abril de 2011

Como funcionam os monitores de computador

Introdução


Nós usamos monitores todos os dias. Talvez tenhamos uma série de dúvidas sobre eles e nem nos damos conta disso. O que significa "proporção de pixels"? O que é um dot pitch? Quanta energia elétrica um monitor utiliza? Qual a diferença entre CRT e LCD? O que significa "taxa de atualização"?
Neste artigo, vamos responder estas e muitas outras perguntas. Ao terminar de ler este artigo, você será capaz de entender o seu monitor e também tomar uma decisão mais acertada quando for comprar um novo.


Tecnologia dos monitores

O dispositivo de exibição é o dispositivo de saída mais utilizado de um computador. Quando ele é colocado em um gabinete separado, é chamado de monitor. O monitor fornece retorno instantâneo ao exibir texto e gráficos quando você trabalha ou joga. A maioria dos monitores de computador de mesa utiliza tecnologia de tela de cristal líquido (LCD) ou tubo de raios catódicos (CRT). Praticamente todos os computadores portáteis, como os laptops, utilizam tecnologia LCD. Devido ao design mais elegante e menor consumo de energia, os monitores com tecnologia LCD (também conhecidos como monitores de tela plana) estão substituindo os CRTs na maioria dos computadores de mesa.
Padrões e resoluçãoResolução se refere ao número de pontos coloridos individuais, conhecidos como pixels, contidos em um visor. A resolução é expressa por meio do número de pixels no eixo horizontal (linhas) e no eixo vertical (colunas). Por exemplo, 800x600. A resolução depende de uma série de fatores, inclusive do tamanho da tela.
Com o passar dos anos, os monitores se tornaram cada vez maiores e os padrões e resoluções mudaram. Alguns fabricantes também produzem monitores de tela plana projetados para a exibição de filmes em DVD.
Padrões e resoluções comuns de monitores

Padrões e resoluções comuns de monitores

Padrão Resolução Uso geral
XGA (Extended Graphics Array) 1024x768 monitores CRT de 15 e 17 polegadas
monitores LCD de 15 polegadas
SXGA (Super XGA) 1280x1024 monitores CRT de 15 e 17 polegadas
monitores LCD de 17 e 19 polegadas
UXGA (Ultra XGA) 1600x1200 monitores CRT de 19, 20 e 21 polegadas
 monitores LCD de 20 polegadas
QXGA (Quad XGA) 2048x1536 monitores CRT de 21 polegadas ou mais
WXGA (Wide XGA) 1280x800 monitores de tela plana de 15,4 polegadas em laptops
monitores LCD
WSXGA+ (Wide SXGA plus) 1680x1050 monitores LCD de tela plana de 20 polegadas
WUXGA (Wide Ultra XGA) 1920x1200 monitores LCD de tela plana de 22 polegadas ou maiores
Além do tamanho da tela, os padrões e resoluções dos monitores estão relacionados com a proporção de pixels. Vamos discutir a seguir o que é a proporção de pixels e como se mede o tamanho da tela. 


Proporção de pixels e área visível

Duas medidas descrevem o tamanho do seu monitor: a proporção de pixels e o tamanho da tela. Os monitores de computador, assim como da maioria das televisões, tinham uma proporção de 4:3. Isto significa que a proporção da largura do visor em relação à sua altura é de 4 para 3. Nos monitores LCD de tela plana, a proporção é de 16:9 (às vezes, 16:10 ou 15:9). Os monitores LCD de tela plana são ideais para filmes em DVD, jogos e exibição de múltiplas janelas lado a lado. As televisões de alta definição (HDTV) também usam a proporção de pixels de tela plana.
Todos os tipos de monitor têm uma superfície de projeção, chamada tela. O tamanho da tela é normalmente medido em polegadas de um canto ao outro diagonalmente. Este sistema de medida diagonal surgiu porque os primeiros fabricantes de TVs queriam que o tamanho das suas telas soasse imponente.
A maneira como se mede as telas CRT é diferente de como se mede os monitores LCD. Nos monitores CRT, o tamanho da tela é medido diagonalmente partindo das bordas externas da caixa do monitor. Ou seja, a caixa também está inclusa na medição do tamanho, como podemos ver a seguir.


Tamanho de uma tela CRT
Nos monitores LCD, o tamanho da tela é medido diagonalmente a partir da borda da tela. A medição não inclui a caixa, como podemos ver a seguir.


Tamanho de uma tela LCD
Devido a estas diferenças de medição entre os monitores LCD e CRT, um monitor LCD de 17 polegadas é comparável a um monitor CRT de 19 polegadas. Para ter uma representação mais precisa do tamanho de um CRT, descubra qual o tamanho da área visível. Este é o tamanho de um visor CRT sem a caixa externa.
Os tamanhos de tela mais populares são 15, 17, 19 e 21 polegadas. As telas de notebook são menores, e medem de 12 a 17 polegadas. A tecnologia avança tanto nos monitores de computadores de mesa como nos laptops. Telas cada vez maiores estão disponíveis. Para aplicações comerciais, como consultórios médicos ou exibição de informações ao público, existem monitores LCD de 40 polegadas ou mais.
Obviamente, o tamanho da tela afeta diretamente a resolução. A mesma resolução de pixels é melhor em um monitor menor e pior em um monitor maior. Isto acontece porque o mesmo número de pixels se espalha para ocupar um espaço físico maior. Uma imagem com resolução de 800x600 em um monitor de 21 polegadas vai parecer menos definida do que se estivesse sendo exibida em um monitor de 15 polegadas com esta mesma resolução.

Monitores multiscanning
Se você trabalha com computadores há mais de uma década, provavelmente se lembra quando a NEC anunciou o monitor MultiSync. Até então, a maioria dos monitores só entendia uma freqüência. Isso significa que o monitor só podia operar em uma única resolução e taxa de atualização. Você tinha de ter uma placa gráfica compatível com o sinal do seu monitor para fazê-lo funcionar. A introdução da tecnologia MultiSync da NEC começou a explorar a tendência dos monitores multiscanning. Esta tecnologia permite que o monitor entenda qualquer freqüência enviada para ele dentro de uma certa largura de banda. A vantagem de um monitor multiscanning é que você pode mudar as resoluções e as taxas de atualização sem ter de comprar ou instalar uma nova placa gráfica ou monitor. 


Conexões

Para exibir informações em um monitor, o seu computador envia um sinal para ele. O sinal pode ser analógico ou digital. Conexão analógica (VGA)
A maioria dos monitores CRT requer informações de sinal
analógico (ondas ou sinais elétricos contínuos) e não digital (pulsos equivalentes aos dígitos binários 0 e 1) e por isso utiliza uma conexão analógica.
Entretanto, os computadores funcionam no mundo digital. O computador e um adaptador de vídeo convertem os dados digitais para o formato analógico. Um adaptador de vídeo é uma placa de expansão ou componente que converte as informações em um sinal que é enviado para o monitor. Ele também é conhecido como adaptador gráfico, placa de vídeo ou placa gráfica.
Uma vez que as informações estão no formato analógico, elas são enviadas para o monitor através de um cabo VGA. O cabo se conecta atrás do computador a um conector analógico (também conhecido como um conector D-Sub) que tem 15 pinos em 3 linhas. Veja o diagrama abaixo:


1: Saída vermelha 6: Retorno vermelho (aterramento) 11: Entrada ID 0 do monitor
2: Saída verde 7: Retorno verde (aterramento) 12: Entrada ID 1 do monitor
ou dados do monitor
3: Saída azul 8: Volta azul (aterramento) 13: Saída de sincronismo horizontal
4: Não utilizado 9: Não utilizado 14: Sincronismo vertical
5: Aterramento 10: Retorno de sincronismo (aterramento) 15: Entrada ID 3 do monitor ou clock de dados
Como você pode ver, um conector VGA como este tem 3 linhas separadas para os sinais de cor vermelho, verde e azul e 2 linhas para os sinais de sincronismo vertical e horizontal. Numa televisão comum, todos estes sinais são combinados em um único sinal de vídeo composto. O monitor de computador pode ter muito mais pixels do que uma televisão devido à essa separação dos sinais.
O conector VGA (analógico) não é compatível com os monitores digitais, por isso o padrão DVI (Interface de Vídeo Digital - Digital Video Interface) foi desenvolvido.
Conexão DVI
A conexão DVI mantém os dados no formato digital para enviá-los do computador para o monitor. Não é necessário converter os dados do formato digital para o formato analógico. Os monitores LCD funcionam no modo digital e suportam o formato DVI. (Alguns também aceitam informação analógica, que depois é convertida para o formato digital.) No passado, o sinal digital oferecia melhor qualidade de imagem, em comparação à tecnologia analógica. Entretanto, a tecnologia de processamento do sinal analógico se desenvolveu nos últimos anos e hoje a diferença é mínima.

A especificação DVI é baseada em uma tecnologia da Silicon Image chamada Transition Minimized Differential Signaling (TMDS) e oferece uma interface digital de alta velocidade. Um transmissor no adaptador de vídeo envia as informações digitais para um receptor no monitor. A TDMS capta o sinal do adaptador de vídeo, determina a resolução e a taxa de atualização que o monitor está usando e espalha o sinal para a largura de banda disponível para otimizar a transferência de dados do computador para o monitor.
Os cabos DVI podem ser únicos (que utilizam 1 transmissor TMDS) ou duplos (que utilizam 2 transmissores). Um cabo e conexão DVI único suporta uma imagem de 1920x1080 e um cabo/conexão duplo suporta uma imagem de até 2048x1536.

Existem 2 tipos principais de conexão DVI.
  • DVI-digital (DVI-D) é um sinal somente digital. Ele requer um adaptador de vídeo com uma conexão DVI-D e um monitor com entrada DVI-D. O conector tem 24 pinos (3 linhas de 8) e mais um slot de aterramento que suporta ligação dupla. Para suportar ligação única, o conector contém 18 pinos.
  • DVI-integrated (DVI-I) suporta transmissões analógicas e digitais. Você pode conectar um monitor que aceita sinal digital ou analógico. Além dos pinos encontrados no conector DVI-D para suporte digital, um conector DVI-I tem 4 pinos adicionais para carregar o sinal analógico.

Os conectores DVI-D transmitem somente sinal digital e o DVI-I tem 4 pinos a mais para o sinal analógico. Os dois conectores podem ser utilizados com um cabo de ligação única ou ligação dupla, dependendo do monitor.
Se você comprar um monitor que possui apenas uma conexão DVI (digital), certifique-se de que o seu adaptador de vídeo tem uma conexão DVI-D ou DVI-I. Se a sua placa de vídeo tem apenas uma conexão analógica (VGA), compre um monitor que seja compatível com o formato analógico. 


Profundidade de cor

A combinação dos modos de exibição suportados pelo seu adaptador de vídeo e a capacidade de cores do seu monitor determina quantas cores serão exibidas. Por exemplo, um monitor que opera no modo SuperVGA (SVGA) pode exibir até 16.777.216 (valor arredondado para 16.8 milhões) cores, porque ele pode processar uma descrição de pixel com 24 bits. O número de bits utilizados para descrever um pixel é conhecido como sua profundidade em bit (bit depth). Em um bit depth de 24 bits, 8 bits são dedicados para cada uma das 3 cores primárias: vermelho, verde e azul. Este bit depth também é chamado cor verdadeira porque ele pode produzir as 10 milhões de cores que o olho humano é capaz de perceber. Em 16 bits, o monitor só consegue gerar 65.536 cores. Os monitores passaram de 16 bits para 24 bits por trabalhar com acréscimos de 8 bits facilita a vida dos desenvolvedores e programadores.
Em resumo, bit depth se refere ao número de bits utilizados para descrever a cor de um único pixel. O bit depth determina o número de cores que pode ser exibido ao mesmo tempo. A tabela a seguir mostra o número de cores que os diferentes bit depths podem produzir.
Bit-Depth
Número de cores
1
2
(monocromático)
2
4
(CGA)
4
16
(EGA)
8
256
(VGA)
16
65,536
(High Color, XGA)
24
16,777,216
(True Color, SVGA)
32
16,777,216
(True color + Canal alfa)
Perceba que o último campo da tabela é para 32 bits. Este é o modo gráfico especial usado em vídeo digital, animações 3D e videogames para produzir certos efeitos. Basicamente, 24 bits são utilizados para a cor e os outros 8 bits são usados em uma camada independente para representar os níveis de transparência de um objeto ou imagem. Quase todos os monitores vendidos atualmente suportam cores 24-bit utilizando um conector padrão VGA.
Para criar um único pixel colorido, um monitor LCD utiliza três subpixels com filtros vermelhos, verdes e azuis. Através de um controle cuidadoso e da variação da voltagem aplicada, a intensidade de cada subpixel pode chegar a 256 variações. Ao combinar os subpixels, a paleta de cores possíveis aumenta para 16,8 milhões (256 variações de vermelho x 256 variações de verde x 256 variações de azul).
Agora que você tem uma idéia geral da tecnologia por trás dos monitores de computador, vamos conhecer um pouco mais sobre monitores LCD, CRT e as dicas de compras para cada um deles. 



Monitores LCD

Informações básicas
A tecnologia de monitores de cristal líquido funciona através do bloqueio da luz. Um monitor LCD é formado por duas peças de vidro polarizado (também chamado de substrato) preenchidas com material de cristal líquido. Uma luz de fundo passa pelo primeiro substrato. Ao mesmo tempo, correntes elétricas fazem com que as moléculas de cristal líquido se alinhem para formar as variações de luz que passam para o segundo substrato e assim, formem as cores e imagens que você vê.


Monitores de matriz ativa e passiva
A maioria dos monitores LCD utiliza
tecnologia de matriz ativa. Um transistor de película fina (TFT - Thin Film Transistor) distribui pequenos transistores e capacitores em uma matriz no vidro do monitor. Para selecionar um pixel específico, a linha em questão é acionada e uma carga é enviada para a coluna correta. Como todas as outras linhas que a coluna intercepta estão desligadas, somente o capacitor no pixel designado recebe uma carga. O capacitor é capaz de reter a carga até o próximo ciclo de atualização.


Foto cedida Sony
Um monitor de tela plana da Sony
Um outro tipo de tecnologia LCD é a matriz passiva. Este tipo de monitor LCD usa uma grade de metal condutor para carregar eletricamente cada pixel. Eles são mais baratos de se produzir. Porém, monitores de matriz passiva não são muito utilizados hoje. A tecnologia tem um tempo de resposta lento e controle de voltagem impreciso, se comparada com a da matriz ativa.
Agora que você sabe como a tecnologia LCD funciona, vamos ver alguns recursos exclusivos dos monitores LCD. 


Recursos e atributos dos monitores LCD

Para avaliar as especificações dos monitores LCD, você precisa saber de mais algumas coisas. Resolução nativa
Ao contrário dos monitores CRT, os monitores LCD exibem as informações com eficácia somente na resolução em que foram desenvolvidos, também chamada de resolução nativa. Os monitores digitais exibem cada pixel individual utilizando uma matriz fixa de pontos horizontais e verticais. Se você muda as configurações de resolução, o LCD redimensiona a imagem e a qualidade piora um pouco. As resoluções nativas mais comuns são:

  • 17 polegadas = 1024x768
  • 19 polegadas = 1280x1024
  • 20 polegadas = 1600x1200
Ângulo de visão
Quando você olha lateralmente para um monitor LCD, a imagem pode aparecer parcialmente ou até desaparecer. As cores também podem estar trocadas. Para compensar este problema, os fabricantes de monitores LCD criaram ângulos de visão maiores. (Não confunda isto com um monitor de tela plana, que é um monitor fisicamente maior.) Os fabricantes medem o ângulo de visão em graus (quanto mais graus, melhor). Procure por monitores com ângulo de visão entre 120 e 170 graus. Os fabricantes medem os ângulos de visualização de maneira diferente. A melhor forma de avaliá-los é testá-los você mesmo. Verifique o ângulo superior e inferior, assim como os ângulos laterais. Pense na maneira como você vai utilizar o monitor.

Brilho ou luminosidade
Esta é a medida para a quantidade de luz que o monitor LCD produz. Ela é medida em nits ou candelas por metro quadrado (cd/m2). Um nit equivale a uma candela por m2. As taxas de brilho típicas para um monitor convencional variam de 250 a 350 cd/m2. Para exibir filmes, uma taxa de luminância de 500 cd/m2 é desejável.

Contraste
A taxa de contraste classifica o grau de diferença entre um branco brilhante e um preto escuro que um monitor produz. Esta medida é geralmente expressa através de uma taxa, como por exemplo, 500:1. Geralmente, as taxas de contraste variam de 450:1 a 600:1 e podem chegar a até 1000:1. As taxas maiores do que 600:1 são pouco perceptíveis em relação às taxas mais baixas.

Taxa de resposta
A taxa de resposta indica a velocidade com que os pixels do monitor podem mudar de cor. Quanto mais rápido, melhor. Isso ajuda a reduzir o efeito "fantasma" que acontece quando uma imagem se move e deixa um rastro, em vídeos ou jogos.

Ajustabilidade
Ao contrário dos monitores CRT, os monitores LCD têm muito mais flexibilidade e você pode posicionar a tela da maneira como quiser. Os monitores LCD podem girar, se inclinar para cima e para baixo e até mesmo mudar do formato
paisagem (o plano horizontal é mais longo que o vertical) para o modo retrato (o plano vertical é mais longo que o horizontal). Além disso, como os monitores LCD são leves e finos, a maioria tem suportes para parede ou para montagem com apoio.
Além dos recursos básicos, alguns monitores LCD têm outras conveniências como alto-falantes integrados, portas USB e travas anti-roubo.

Terminologia LCD

  • Moldura - é a moldura de plástico ou metal que envolve a tela. Em monitores LCD, a moldura geralmente é muito estreita.

  • Contraste - a diferença da intensidade de luz entre o branco e o preto em um monitor LCD. Quanto maior o contraste, mais visíveis serão os detalhes.

  • Efeito fantasma  - quando o tempo de resposta do monitor é baixo, as imagens aparecem borradas. Também é conhecido como latência. Este efeito é causado pelo vazamento da voltagem de elementos energizados para elementos vizinhos não energizados no monitor.

  • Luminosidade  -também conhecida como brilho. É o nivel de luz emitido por um monitor LCD. A luminosidade é medida em nits ou candelas por metro quadrado (cd/m2). Um nit equivale a uma candela por m2.

  • Resolução nativa  - é a medida atual de um monitor LCD, em pixels. A medida é dada da ordem horizontal para a vertical.

  • Tempo de resposta - a velocidade com que os pixels do monitor podem mudar de cor. O tempo de resposta é medido em milisegundos (ms).

  • Pixel conectado - um pixel conectado está 'ligado' ou 'desligado', ou seja, ele pode estar sempre iluminado, apagado ou conectado em uma cor, independentemente da imagem exibida.

  • Suporte VESA - com ele, você pode instalar o seu monitor numa mesa ou parede. Ele segue as recomendações da Video Electronics Standards Association (VESA).

  • Ângulo de visão - é o ângulo de visão em que se pode enxergar a tela pelos lados (ângulo horizontal) e por cima/baixo (ângulo vertical) sem prejudicar a definição da imagem e a exibição das cores. 

  • Monitores CRT

    Um monitor CRT contém milhões de pequenos pontos de fósforo vermelhos, verdes e azuis que brilham quando são atingidos por um feixe de elétrons que viaja através da tela para criar uma imagem visível. A ilustração a seguir mostra como isso funciona dentro do CRT.
    Os termos ânodo e catodo são utilizados em eletrônica como sinônimos para terminais positivos e negativos. Você pode se referir ao terminal positivo de uma bateria como ânodo e ao terminal negativo como cátodo.

    A história dos monitores 101
    Os monitores avançaram muito desde que os primeiros monitores de verde piscante surgiram em sistemas de computador baseados em texto, na década de 70. Vamos ver os avanços que a IBM realizou em uma década.
    • Em 1981, a IBM introduziu o CGA (Color Graphics Adapter), que era capaz de exibir 4 cores e tinha uma resolução máxima de 320 pixels horizontais por 200 pixels verticais.
    • A IBM lançou o monitor EGA (Enhanced Graphics Adapter) em 1984. O EGA exibia até 16 tipos de cores diferentes e sua resolução aumentada era de 640x350 pixels. A aparência da imagem ficou melhor e era mais fácil ler os textos.
    • Em 1987, a IBM criou o sistema VGA (Video Graphics Array). O padrão VGA tem uma resolução de 640x480 pixels e é utilizado até hoje.
    • Em 1990, a IBM apresentou o XGA (Extended Graphics Array), que exibia resolução de 800x600 pixels em true color (16,8 milhões de cores) e resolução de 1.024x768 com 65.536 cores.
    Num tubo de raios catódicos, o "catodo" é um filamento aquecido. Este filamento está no vácuo criado dentro de um "tubo" de vidro. O "raio" é uma corrente de elétrons gerada por um canhão de elétrons. Esse raio de elétrons é despejado sobre um catodo aquecido no vácuo. Os elétrons têm carga negativa. O ânodo é positivo, por isso atrai os elétrons despejados no cátodo. A tela é revestida por fósforo, um material orgânico que brilha quando é atingido por um feixe de elétrons.
    Existem 3 maneiras de filtrar o feixe de elétrons para obter uma imagem correta na tela do monitor: máscara de sombra, grade de abertura e máscara de fenda. Estas tecnologias também causam impacto na definição da exibição do monitor. Vamos ver de perto cada uma delas

    Recursos e atributos dos monitores CRT

    Para avaliar as especificações dos monitores CRT, você precisa saber de mais algumas coisas. Máscara de sombra
    Uma 
    máscara de sombra é uma tela de metal fina cheia de buracos pequenos. Três feixes de elétrons passam pelos buracos para focar em um único ponto na superfície de fósforo do monitor CRT. A máscara de sombra ajuda a controlar os feixes de elétrons para que atinjam o fósforo correto com a intensidade correta para criar a cor desejada e formar a imagem no monitor. Os feixes indesejados são bloqueados ou "sombreados".
    Grade de abertura
    Os monitores baseados na tecnologia Trinitron, criada pela Sony, utilizam uma 
    grade de abertura em vez de um tubo tipo máscara de sombra. A grade de abertura é formada por pequenos fios verticais. Os feixes de elétrons passam pela grade de abertura para iluminar o fósforo na placa frontal. A maioria dos monitores que utiliza esta grade tem uma placa frontal plana. Isso ajuda a exibir uma imagem menos distorcida em toda a superfície do monitor, em relação aos monitores CRT que utilizam máscara de sombra. Entretanto, os monitores que utilizam grade de abertura são um pouco mais caros.
    Máscara de fenda
    Um tipo menos comum de monitor CRT é o de tubos
    slot mask que utiliza uma combinação das tecnologias máscaras de sombra e grade de abertura. Em vez das perfurações arredondadas em monitores CRT de máscara de sombra, um monitor de máscara de fenda utiliza fendas alinhadas verticalmente. Este design gera mais brilho através das transmissões aumentadas de elétrons combinada com a disposição dos pontos de fósforo.
    Dot pitchDot pitch é um indicador da nitidez da imagem exibida. Ele é medido em milímetros (mm). Quanto menor o número, mais nítida é a imagem. A medição do dot pitch depende da tecnologia utilizada.
    • Em um monitor CRT de máscara de sombra, você mede o dot pich através da distância diagonal entre dois fósforos de cor igual. Alguns fabricantes também podem citar o dot pich horizontal, que é a distância horizontal entre dois fósforos de cor igual.
    • O dot pitch de um monitor de grade de abertura é medido através da distância horizontal entre dois fósforos de cor igual. Também é conhecido como stripe pitch.

    Quanto menores e mais próximos os pontos estiverem uns dos outros, mais realista e detalhada é a imagem exibida. Quando os pontos estão afastados, eles se tornam perceptíveis e deixam a imagem granulada. Infelizmente, os fabricantes não comentam muito sobre as medidas de dot pich. Nem sempre também é possível comparar monitores CRT de máscara de sombra e grade de abertura devido às diferenças das medidas verticais e horizontais.
    O dot pitch está intimamente ligado à resolução de tela. Se você pudesse colocar uma régua no monitor para medir uma polegada, você veria um certo número de pontos, dependendo do dot pitch. Aqui está uma tabela que mostra o número de pontos por centímetro quadrado e por polegada quadrada em cada um destes dot pitches mais comuns.

    Dot Pitch
    Número aprox. de
    pixels/cm2
    Número aprox. de
    pixels/polegada2
    0,25 mm
    1.600
    10.000
    0,26 mm
    1.444
    9.025
    0,27 mm
    1.369
    8.556
    0,28 mm
    1.225
    7.656
    0,31 mm
    1.024
    6.400
    0,51 mm
    361
    2.256
    1 mm
    100
    625
    Taxa de atualização
    Nos monitores baseados na tecnologia CRT, a taxa de atualização é o número de vezes que a imagem é exibida no monitor a cada segundo. Se o seu monitor CRT tiver uma taxa de atualização de 72 Hertz (Hz), então ele faz uma varredura de todos os pixels de cima para baixo 72 vezes por segundo. As taxas de atualização são muito importantes porque elas controlam o flicker (cintilação luminosa) e você verá que quanto mais alta for a taxa de atualização, melhor. Se forem realizados poucos ciclos por segundo, você vai perceber o
    cintilar da tela, que pode causar dores de cabeça e cansaço nos olhos.

    Como a taxa de atualização do seu monitor depende do número de linhas que ele precisa varrer, ela limita a máxima resolução possível. A maioria dos monitores suporta múltiplas taxas de atualização. Tenha em mente que existe uma escolha entre a cintilação e resolução e você precisa escolher o que funciona melhor para você. Isto é especialmente importante em monitores maiores onde o cintilamento é mais perceptível. Algumas taxas de atualização recomendáveis: 85 Hertz para a resolução de 1280x1024 e 75 Hertz para a resolução de 1600x1200.
    Resoluções múltiplas
    Como um monitor CRT utiliza feixes de elétrons para criar imagens em uma tela de fósforo, ele suporta a resolução que coincide com o seu tamanho físico dos pontos (pixels) como também com resoluções inferiores. Por exemplo, um monitor com uma grade física de 1280 linhas por 1024 colunas pode, obviamente, exibir uma resolução máxima de 1280x1024 pixels. Ele também suporta resoluções menores como 1024x768, 800x600 e 640x480. Como dito antes, um monitor LCD funciona bem somente em sua resolução nativa. 



    LCDs x CRTs

    Se você está pensando em comprar um monitor novo, analise as diferenças entre o CRT e o LCD. Escolha o monitor que atenda melhor às suas necessidades específicas, seus aplicativos e seu orçamento. Vantagens dos monitores LCD
    • Precisam de menos energia - o consumo de energia varia muito entre as diferentes tecnologias. Os monitores CRT precisam de muita energia, algo em torno de 100 watts para um monitor de 19 polegadas. Já um monitor LCD do mesmo tamanho consome 45 watts. Os monitores LCD também geram menos calor.
    • Menores e mais leves - um monitor LCD é significativamente mais fino e tem a metade do peso de um monitor CRT. Além disso, você pode instalar um monitor LCD em um suporte ou na parede, o que aumenta a área livre de trabalho.
    • Ajustável - os monitores LCD são muito mais ajustáveis do que os CRT. Nos LCDs, você pode ajustar a inclinação, altura, rotação e orientação a partir do modo horizontal para o vertical. Como foi dito antes, você também pode instalá-lo na parede ou em um suporte.
    • Menor cansaço visual - os monitores LCD lidam com cada pixel individualmente, por isso não produzem cintilação como os monitores CRT. Além disso, os monitores LCD exibem melhor o texto.
    Vantagens dos monitores CRT
    • Mais baratos. Os preços dos LCDs estão baixando, mas os CRTs ainda são mais baratos.
    • Melhor representação das cores. Os monitores CRT exibem as cores e diferentes gradações de cor com mais precisão do que os monitores LCD. Entretanto, os monitores LCD estão avançando neste aspecto, especialmente os modelos mais novos que utilizam tecnologia de calibração de cor.
    • Melhor resposta. Os monitores CRT têm menos problemas com o efeito fantasma e borrões porque eles redesenham a tela mais rápido do que os monitores LCD. Mais uma vez, os fabricantes de monitores LCD estão avançando nesta área e os monitores têm respostas cada vez mais rápidas.
    • Resoluções múltiplas. Se você precisa mudar sua resolução para diferentes aplicativos, escolha um monitor CRT. Os monitores LCD ainda não funcionam tão bem em múltiplas resoluções.
    • Mais resistentes. Eles são maiores e mais pesados do que os LCDs, mas também são menos frágeis.
    Agora que você conhece os monitores LCD e CRT, vamos descobrir como usar 2 monitores ao mesmo tempo. Dizem que "2 cabeças pensam melhor do que 1". Talvez aconteça o mesmo com os monitores! 


    Monitores duplos

    Uma maneira de expandir a visualização do seu computador é adicionar um segundo monitor. Utilizar dois monitores aumenta a produtividade e acrescenta muito à sua experiência com computadores. Com 2 monitores, você pode:
    • visualizar planilhas maiores
    • fazer alterações no código de uma página da Web em um monitor e visualizar os resultados no segundo monitor
    • abrir 2 aplicativos diferentes, como um documento do Word em um monitor e o navegador da Web no segundo
    Além de 2 monitores e 2 cabos apropriados de vídeo, você também precisa de um adaptador de vídeo com conexão para 2 monitores. As conexões podem ser analógicas ou digitais. Você precisa ter monitores que utilizem o tipo de conexão do seu adaptador. Não importa que tipo de monitor você use. Podem ser 2 LCDs, 2 CRTs ou um de cada, desde que seu adaptador tenha as conexões compatíveis. Se você não tem um adaptador de vídeo com 2 conexões, você pode adquirir um e substituir o seu adaptador atual. Isto geralmente funciona melhor do que instalar um outro adaptador de vídeo com conexão simples. Adaptadores com mais de uma conexão também têm mais recursos, como saída para TV.
    Além do hardware, você também deve verificar o sistema operacional para saber se ele suporta o uso de 2 monitores. Os Windows 98 SE, ME, 2000 e XP suportam múltiplos monitores.
    Se você quer aumentar a sua área de trabalho, especialmente para aplicativos financeiros ou de design 3D, você pode até implementar 3 ou mais monitores. 


    Outras tecnologias

    Monitores de toque de tela
    Os monitores com tecnologia de toque de tela permitem que você utilize o computador e os aplicativos tocando na superfície do monitor. A tecnologia é implementada através de uma série de métodos, incluindo sensores infra-vermelhos, resistores sensíveis à pressão e capacitores eletrônicos.

    Monitores sem fios
    Semelhantes em aparência aos Tablets PC, os monitores sem fios utilizam tecnologia como 802,11b/g para se conectar ao seu computador sem usar um cabo. Muitos têm botões e controles para o mouse e navegação na Web e alguns até têm teclados. Os monitores são alimentados por baterias e são relativamente leves. A maioria também é sensível ao toque.

    Integração com televisões e HDTV
    Alguns monitores têm seletores de canal para que você possa assistir TV a cabo no seu computador. Também existem monitores que aceitam conexão S-video de dispositivos de vídeo. Alguns recursos adicionais: picture-in-picture, picture-on-picture, controle remoto e suporte à televisão de alta definição (HDTV).


    Padrão VESA
    A organização VESA Video Electronics Standards Association (em inglês) estabelece padrões de interface para o PC, workstation (estações de trabalho) e equipamentos eletrônicos. A VESA promove e desenvolve constantemente padrões relevantes e abertos para a indústria de interface de monitores. Isso assegura a interoperabilidade e encoraja a inovação e crescimento do mercado. Em agosto de 1992, a VESA divulgou o padrão VESA Local Bus (VL-Bus) Standard 1.0. Esse padrão teve um impacto significativo na indústria porque foi o primeiro padrão de barramento local desenvolvido. Isso forneceu uma interface uniforme de hardware para periféricos que utilizam barramento local. A criação deste padrão assegurou a compatibilidade entre uma grande variedade de placas gráficas, monitores e sistemas de software.
    Hoje, a VESA é uma organização internacional que promove e desenvolve padrões de interface que visam a interoperabilidade entre os monitores. A VESA incentiva a indústria dos PCs e colabora para o aprimoramento das tecnologias de monitores de tela plana, monitores, gráficos, softwares, sistemas e até redes domésticas e PC theater. 


    Tendências dos monitores

    Padrão DisplayPort
    A VESA está criando uma nova interface de visor digital para monitores LCD, plasma, CRT e monitores de projeção. Esta nova tecnologia, chamada DisplayPort (em inglês), suporta saída digital protegida para alta definição e outros conteúdos, além de desempenho melhorado.

    De acordo com a VESA, o padrão DisplayPort vai fornecer uma interface digital de alta qualidade para conteúdo de áudio e vídeo com proteção opcional de conteúdo. O objetivo é permitir suporte para uma ampla variedade de dispositivos de exibição, além de combinar tecnologias. As saídas de áudio e vídeo estarão disponíveis em um mesmo cabo. Existirá um conector menor de vídeo para dispositivos menores, como os notebooks, e o padrão de distribuição de conteúdo de áudio e vídeo será transmitido em alta definição.
    Diodos orgânicos emissores de luz
    Os diodos orgânicos emissores de luz (OLEDs) são visores LEDs (diodos emissores de luz) com uma fina camada que não requer uma luz de fundo para funcionar. O material emite luz quando é estimulado por uma corrente elétrica, conhecida como
    eletroluminescência. Os OLEDs são formados por elementos vermelhos, verdes e azuis que se combinam para criar as cores desejadas. As vantagens dos OLEDs são: baixo consumo de energia, processo de produção barato, melhorias no contraste e cor e a possibilidade de se dobrar.
    SED (Visores emissores de elétrons de superfície condutora)
    É uma nova tecnologia que está sendo desenvolvida por uma parceria entre a Canon e a Toshiba. Assim como os monitores CRT, os SEDs também geram imagens por meio de elétrons que colidem com uma película revestida de fósforo para emitir luz. A diferença é que, ao invés de utilizar um longo tubo com um canhão de elétrons, o SED utiliza pequenos emissores de elétrons e um monitor de tela plana.

    Como funciona a conexão de rede doméstica

    Introdução

    Até recentemente, as redes domésticas eram domínio quase que exclusivo dos tecnófilos: a maioria das famílias ou não precisava ou não podia adquirir mais que um computador. Mas agora, um único computador não é mais suficiente para muitas famílias. Em um lar com vários computadores, uma rede caseira torna-se uma necessidade mais do que um brinquedo tecnológico.
    Se estiver pensando em colocar os computadores da sua casa em rede, você tem várias opções para explorar. Neste artigo, você vai aprender sobre os diferentes tipos de redes de computador domésticas, como elas funcionam e o que você deve saber se estiver planejando criar uma.
    Uma rede doméstica é simplesmente um meio para permitir que os computadores se comuniquem uns com os outros. Se você tiver 2 ou mais computadores em casa, uma rede permite que eles compartilhem:
    Os diferentes tipos de rede usam hardwares diferentes, mas todos eles têm os mesmos componentes essenciais:
    • mais do que um computador;
    • hardware (como um roteador) e software (tanto embutido no sistema operacional quanto como um aplicativo separado) para coordenar a troca de informações;
    • um caminho para as informações seguirem de um computador para outro.
    Os dois tipos de rede doméstica mais populares são as redes sem fio e Ethernet. Em ambos os tipos, o roteador faz a maioria do serviço direcionando o tráfego entre os dispositivos conectados. Conectando um roteador à sua DSL de dial-up ou modem a cabo, você também pode permitir que múltiplos computadores compartilhem uma conexão com a Internet. Muitos roteadores novos combinam a tecnologia sem fio e a Ethernet e incluem um firewall para hardware. Para maiores informações sobre roteadores, veja Como funcionam os roteadores.
    Se você for conectar sua rede à Internet, precisará de um firewall. O firewall é simplesmente um programa ou dispositivo de hardware que protege a rede de usuários maliciosos e sites ofensivos. Muitos programas de firewalls bloqueiam (por padrão) todas as informações que entram e pedem a sua permissão para deixar a informação passar. Dessa maneira, o firewall consegue descobrir que tipos de informação você permite entrar na sua rede. Para mais informações sobre roteadores, veja Como funcionam os roteadores.


    O roteador conecta os computadores uns aos outros. Se você conectá-lo ao seu modem, ele também vai conectar a sua rede à Internet.
    A maneira mais fácil e menos cara de conectar os computadores na sua casa é usar uma rede sem fio, que usa ondas de rádio em vez de fios. A ausência de fios físicos faz com que esse tipo de rede seja flexível. Por exemplo, você pode mover um laptop de cômodo em cômodo sem perder tempo com cabos de rede e sem perder sua conexão. A desvantagem é que as conexões sem fio são geralmente mais lentas que as conexões Ethernet.

    Conexão sem fio mais rápida
    A maioria das redes domésticas sem fio usa conexão 802.11g, que transmite dados a 2,4 GHz com uma velocidade de 54 megabits. O mais novo padrão de conexão sem fio é de 802.11n, que é projetado para ser mais rápido e oferecer um raio maior que 802.11g. Contudo, o padrão 802.11n ainda não é final e o primeiro hardware 802.1 não atenderam às expectativas nos testes.
    Se você quiser construir uma rede sem fio, vai precisar de um roteador. Os sinais de um roteador sem fio se estendem por cerca de 30,5 metros em todas as direções, mas as paredes podem interromper o sinal. Dependendo do tamanho e da forma da sua casa e do raio de ação do roteador, você pode precisar adquirir um extensor de alcance ou repetidor para obter uma cobertura completa. Você também vai precisar de um adaptador sem fio em cada computador que será conectado à rede. Você pode acrescentar impressoras e outros dispositivos à rede também. Alguns modelos novos têm recursos embutidos para comunicação sem fio. Você pode usar uma ponte de Ethernet sem fio para acrescentar recursos sem fio àqueles que não os têm.
    Se decidir construir uma rede sem fio, vai precisar realizar algumas etapas para protegê-la (você não quer que seus vizinhos peguem carona no seu sinal sem fio). As opções de segurança sem fio incluem:
    • Wired Equivalency Privacy (WEP) (privacidade equivalente à rede com fio);
    • WiFi Protected Access (WPA)(acesso protegido Wi-Fi);
    • filtragem de endereço MAC (Media Access Control - controle de acesso à mídia).
    Você pode escolher qual método (ou combinação de métodos) quer usar quando configurar seu roteador sem fio. Embora sejam fáceis e flexíveis, as redes sem fio não são para todos. Algumas pessoas simplesmente sentem-se mais seguras usando uma rede com fio e outros têm a necessidade de transferir dados muito rapidamente. Em ambos os casos, uma rede Ethernet com fio é a melhor escolha. As redes Ethernet são mais rápidas que as redes sem fio e conseguem ser muito acessíveis. Todavia, o custo do cabeamento Ethernet é cumulativo: quanto mais computadores na rede e quanto mais longe eles estiverem um do outro, mais cara será a sua rede. Além disso, a menos que você vá construir uma casa nova e instalar os cabos de Ethernet dentro das paredes, você verá os cabos correndo de cômodo em cômodo pela casa.
    Se planeja conectar somente dois computadores, tudo o que vai precisar é de um cartão de interface de rede (NIC) em cada computador e um cabo para ligá-los. O cabo mais comumente usado é o UTP (cabo de par trançado sem blindagem de categoria 5) Se quiser conectar vários computadores ou outros dispositivos, você precisará de um equipamento adicional: um roteador Ethernet. Também vai precisar de um cabo para conectar cada computador ou dispositivo ao roteador.


    Foto cedida HowStuffWorks Shopper
    Este roteador Belkin fornece conexões sem fio e Ethernet e age como um firewall
    Depois de reunir todo o equipamento, basta instalá-lo e configurar os computadores para que possam se comunicar uns com os outros. O que você precisa fazer exatamente depende do tipo de rede e do seu hardware. Por exemplo, se escolher uma rede Ethernet e seus computadores vierem com cartões de rede já instalados, tudo o que vai precisar fazer é comprar um roteador e cabos e configurar os computadores para usá-los. Independentemente do tipo que você escolher, os roteadores, adaptadores e outros hardwares que você comprar devem vir com instruções de configuração completas.
    As etapas que você precisará seguir para configurar seus computadores também vão variar dependendo do hardware e do sistema operacional. Estes links (em inglês) incluem mais detalhes sobre como fazer os computadores conversarem uns com os outros.
    Se nem a conexão sem fio nem a Ethernet parecem boas para você, há outras opções para conectar seus computadores. Se os computadores tiverem portas USB ou FireWire , você pode usar cabos, jump drives ou dispositivos de transferência de arquivos para movê-los de um lugar para outro. Outras opções incluem redes pela rede elétrica e pela rede telefônica, ambas as redes usam a fiação já existente em sua casa para conectar os computadores. Assim, você não precisa se preocupar em esconder cabos extras. Veja Como funciona a comunicação por fiação elétrica para mais informações.

    Como funciona o FireWire

    Introdução

    Se você gosta de vídeo digital, provavelmente já ouviu o termo FireWire. Talvez o conheça como o i.LinkIEEE 1394, seu nome oficial. O FireWire é uma maneira de conectar diferentes partes de um equipamento, de forma que possam transmitir informações de forma fácil e rápida. da Sony ou então como

    Porta Firewire de um Notebook
    Criado originalmente pela Apple e padronizado em 1995 como Barramento Serial de Alto Desempenho IEEE 1394, o FireWire é muito similar ao Barramento Serial Universal (USB). Os designers do FireWire tinham em mente vários objetivos quando o criaram:
    • alta taxa de transferência
    • capacidade de colocar vários dispositivos no barramento
    • facilidade de uso
    • função hot-pluggable (conectar os equipamentos sem os desenergizar)
    • fornecimento de energia pelo cabo
    • desempenho plug-and-play
    • baixo custo de cabeamento
    • baixo custo de implementação 

    O que é FireWire


    Soquetes FireWire 400
    FireWire é um método de transferência de informações entre dispositivos digitais, em especial, equipamentos de áudio e vídeo. Também conhecido como IEEE 1394, o FireWire é rápido: sua última versão atinge velocidades de até 800 Mbps. No futuro, quando os fabricantes renovarem os atuais cabos, a expectativa é de que esse número pule para inacreditáveis 3,2 Gbps. É possível conectar até 63 dispositivos a um barramento FireWire. Os sistemas operacionais Windows (98 e posteriores) e Mac OS (8.6 e posteriores) são compatíveis com essa tecnologia.
    Digamos que a sua filmadora digital esteja conectada ao seu computador. Quando ele é iniciado, cria uma fila de dispositivos conectados ao barramento e distribui um endereço a cada um deles, em um processo chamado de enumeração. O FireWire é plug-and-play, ou seja, se você conectar um dispositivo FireWire, ele será detectado automaticamente pelo sistema operacional, que pedirá o disco com o driver do dispositivo. Se ele já tiver sido instalado anteriormente, o computador simplesmente o ativa e comunica-se com ele. Os dispositivos FireWire são hot pluggable, o que significa que podem ser conectados e desconectados a qualquer momento, mesmo que o fornecimento de energia esteja ligado. 


    Especificações FireWire

    A especificação FireWire original, FireWire 400 (1394a), era mais rápida que o USB quando foi lançada. O FireWire 400 ainda é usada e apresenta:
    • taxas de transferência de até 400 Mbps
    • distância máxima entre dispositivos de 4,5 m (comprimento do cabo)

    HD externo firewire

    O lançamento do USB 2.0, que apresenta velocidades de transferência de até 480 Mbps e até 5 m de distância entre dispositivos, acabou com a diferença entre esses dois padrões concorrentes. Porém, em 2002, o FireWire 800 (1394b) começou a aparecer nos dispositivos à venda. Assim, o USB 2.0 foi esquecido. O FireWire é capaz de:

    • taxas de transferência de até 800 Mbps
    • distância máxima entre dispositivos de 100 m (comprimento do cabo)
    O padrão mais veloz 1394b é compatível com o 1394a. 


    FireWire contra USB

    A principal diferença entre o FireWire e o USB é que o primeiro é destinado a dispositivos que trabalham com muito mais dados, como filmadoras, DVD players e equipamentos de áudio digital. Ambos compartilham várias características, mas se diferem em alguns pontos importantes. Abaixo, um resumo:

    Característica
    USB
    FireWire
      1.1 2.0 400 800
    Taxa de transferência de dados 12 Mbps 480 Mbps 400 Mbps 800 Mbps
    Número de dispositivos 127 127 63 63
    Plug and play Sim Sim Sim Sim
    Hot-pluggable Sim Sim Sim Sim
    Dispositivos isócronos Sim Sim Sim Sim
    Energia fornecida pelo barramento Sim Sim Sim Sim
    Requerida terminação do barramento Não Não Não Não
    Tipo de barramento Serial Serial Serial Serial
    Tipo de cabo Par trançado (4 fios: 2 de energia, 1 conjunto de par trançado) Par trançado (4 fios: 2 de energia, 1 conjunto de par trançado) Par trançado (6 fios: 2 de energia, 2 conjuntos de pares trançados) Par trançado (8 fios: 2 de energia, 2 conjunto de pares trançados, 2 terra)
    Compartilhável Sim - baseado no host Sim - baseado no host Sim - ponto a ponto Sim - ponto a ponto
    Topologia de rede Cadeia Cadeia Hub Hub
    Como você pode observar, os dois são muito parecidos. A implementação do FireWire custa um pouco mais do que a do USB. Isso levou o USB a ser padrão para a maioria dos periféricos que não necessitam de um barramento de alta velocidade.
    Velocidade à parte, a grande diferença entre o FireWire e o USB 2.0 é que este último é baseado no host, o que significa que o dispositivo tem que estar conectado a um computador para realizar a comunicação. O FireWire é peer-to-peer (ponto a ponto), o que significa que duas câmeras FireWire podem se comunicar entre si sem passar por um computador. 


    Cabos e conectores FireWire

    Os dispositivos FireWire podem ser alimentados ou não por energia elétrica. O FireWire permite que os dispositivos obtenham energia pela conexão. Dois condutores de energia no cabo podem fornecer energia (máximo de 8 a 30 volts e 1,5 ampères) do computador a um dispositivo sem energia. Dois jogos de pares trançados transportam os dados em um cabo FireWire 400 utilizando uma configuração de 6 pinos.
    Alguns dispositivos menores com suporte FireWire utilizam conectores de 4 pinos para economizar espaço, omitindo os dois pinos utilizados para o fornecimento de energia.


    Cabo adaptador FireWire (configuração de 9 pinos à esquerda)
    Os cabos FireWire 800 utilizam uma configuração de 9 pinos. Seis desses pinos são os mesmos no conector 1394a (mostrado acima). Dois dos pinos adicionais fornecem uma conexão terra para proteger os outros fios de interferência e o terceiro pino adicional não faz nada até o momento [ref. - em inglês]. Como o FireWire 800 é compatível com a versão anterior FireWire 400, existe uma variedade de adaptadores disponíveis para facilitar a combinação dos dois padrões no mesmo barramento. Existem também dois tipos de FireWire 800 disponíveis: uma porta "bilíngüe" comporta os dois padrões FireWire, enquanto que uma porta "apenas-b" aceita apenas um conector FireWire 800. 




    Enviando dados via FireWire

    O FireWire utiliza endereçamento fixo de 64 bits, baseado no padrão IEEE 1212 (em inglês). Existem três partes para cada pacote de informações enviado por um dispositivo via FireWire:
    • um ID de barramento de 10 bits, que é usada para determinar de qual barramento FireWire os dados vieram;
    • um ID físico de 6 bits, que identifica qual dispositivo no barramento enviou os dados;
    • uma área de armazenamento de 48 bits, que é capaz de endereçar 256 terabytes de informação em cada nó.
    O ID de barramento e o ID físico juntos compõem o ID de nó de 16 bits, o que permite 64 mil nós em um sistema. Os dados podem ser enviados por até 16 pulos (dispositivo a dispositivo). Os pulos acontecem quando dispositivos estão ligados por uma cadeia. Observe o exemplo abaixo. A câmera de vídeo está conectada ao disco rígido externo, que, por sua vez, está conectado ao Computador A. Este se conecta ao Computador B, que está conectado ao Computador C. Logo, são necessários quatro pulos para que o computador C acesse a câmera.
    Vamos admitir que todos os dispositivos nessa configuração estejam equipados com o FireWire 800, a filmadora pode estar a até 400 m do Computador C.
    Agora que vimos como funciona o protocolo de conexão FireWire, vamos dar uma olhada mais de perto em uma das aplicações mais populares: a transmissão de vídeo digital. 


    FireWire e o vídeo digital

    O FireWire realmente se destaca quando se trata de aplicações de vídeo digital. A maioria das câmeras digitais ou filmadoras possuem hoje um conector FireWire. Quando você liga uma filmadora ao computador usando o FireWire, a conexão é fantástica.
    Um importante elemento do FireWire é o suporte de dispositivos isócronos. No modo isócrono, os dados fluem entre o dispositivo e o computador em tempo real, com largura de banda garantida e sem correção de erro. Basicamente, isso significa que um dispositivo, como uma filmadora digital, pode solicitar que o computador compartilhe largura de banda suficiente para que ela envie o vídeo não comprimido em tempo real. Quando a conexão FireWire computador-câmera entra em modo isócrono, a câmera pode enviar o vídeo ao computador em um fluxo estável, sem que nada interfira no processo.
    Você pode facilmente criar e editar projetos de vídeos personalizados usando discos rígidos rápidos, uma filmadora digital e um computador. Com o software adequado, o computador e a câmera se comunicam. O computador pode baixar todos os vídeos automaticamente e com clareza digital perfeita. Como o conteúdo é digital do início ao fim, não há perda de qualidade quando se trabalha com sucessivas produções.

    Como funcionam as portas USB

    Introdução


    Todo computador comprado atualmente possui uma ou mais portas (conectores) USB. Estas portas USB permitem que se conecte desde mouses a impressoras em seu computador. O sistema operacional também suporta a interface USB, assim a instalação do driver do dispositivo é rápida e fácil. Em comparação a outras formas de conexão de dispositivos (incluindo-se portas paralelas, portas seriais e placas especiais instaladas dentro do gabinete da máquina), os dispositivos USB são incrivelmente simples. Neste artigo, serão abordadas as portas USB sob as perspectivas técnica e de usuário e as de um técnico. Você saberá porque o sistema USB é tão flexível e como é capaz de suportar tantos dispositivos.
    Qualquer pessoa envolvida com computadores nos últimos anos conhece os problemas que o Universal Serial Bus (USB) está tentando solucionar. No passado, a conexão de dispositivos a um computador costumava ser uma dor de cabeça.
    • As impressoras eram conectadas às portas paralelas e a maioria dos computadores continham apenas uma porta. Dispositivos como Zip drives externos, que necessitam de uma conexão de alta velocidade no computador, podem utilizar a porta paralela da mesma forma, geralmente com pouco sucesso e baixa velocidade.
    • Os modems utilizavam a porta serial, da mesma forma que muitas impressoras e uma variedade de dispositivos, tais como os computadores portáteis Palm Pilots e câmeras digitais. A maioria dos computadores possuem, no máximo, duas portas seriais, e quase sempre são muito lentas.
    • Os dispositivos que antes necessitavam de conexões mais rápidas possuíam suas próprias placas, que se encaixam em slots de expansão dentro do gabinete do computador. Infelizmente o número de slots de expansão é limitado e, em alguns casos, é necessário um técnico experiente para instalar o software.
    O objetivo do USB é acabar com essas dificuldades. O Universal Serail Bus fornece uma forma única, padronizada e fácil para conectar até 127 dispositivos em um computador.
    Atualmente, quase todos os periféricos estão disponíveis em uma versão para USB. Um exemplo de dispositivos USB que podem ser adquiridos hoje incluem:
    A conexão de um dispositivo USB a um computador é simples: é só encontrar a porta USB, que geralmente está localizada na parte de trás de sua máquina (a maioria dos gabinetes modernos também possuem portas na frente), e conectá-lo.


    A abertura retangular é uma porta USB, geralmente localizada na parte de trás do PC


    Um conector USB típico, conhecido como conector "A"
    Em caso de um dispositivo novo, o sistema operacional o auto-detecta e solicita o disco do drive. Caso o dispositivo já tenha sido instalado, o computador o ativará e dará início à comunicação com o mesmo. Os dispositivos USB poderão ser conectados e desconectados a qualquer momento.
    Muitos dispositivos USB já vêm acompanhados de cabo próprio e este cabo possui uma conexão USB do tipo "A". Caso contrário, o dispositivo possui um soquete acoplado que aceita um conector USB do tipo "B".


    Uma conexão típica do tipo "B"
    O padrão USB utiliza conectores "A" e "B" para evitar possíveis erros:
    • "A" - ponta do conector "upstream" para conectar no computador.
    • "B" - ponta do conector "downstream" para conectar no dispositivo.
    Por meio da utilização de conectores diferentes nas extremidades do cabo é impossível se enganar se conectar o conector "B" de qualquer cabo USB a um dispositivo, esse dispositivo funcionará. Da mesma forma é possível conectar qualquer conector "A" a qualquer porta do tipo "A" que funcionará.
    Hub USB
    Computadores novos vêem, por exemplo, com duas ou mais portas USB. E, com tantos dispositivos USB no mercado, geralmente não há portas suficientes. Suponhamos que em um computador existe uma impressora, um scanner, uma webcam e uma conexão de rede, todos com parão USB. Se o computador possui apenas duas conexões, então a questão óbvia é "como conectar todos esses dispositivos?"

    A solução mais fácil para o problema é comprar um hub USB barato. O padrão USB suporta até 127 dispositivos, sendo o hub UBS parte deste padrão.



    Um hub USB típico de quatro portas aceita até 4 conexões do tipo "A"
    Um hub possui tipicamente quatro portas novas, mas não está limitado a isso. Você conecta o hub ao computador e então liga os dispositivos (ou outros hubs) a ele. Encadeando diversos hubs é possível ter muitas portas USB disponíveis em um único computador.
    Há hubs que funcionam com energia ou sem energia. Como veremos na próxima página, o  padrão USB permite aos dispositivos que obtenham a sua energia a partir da conexão USB. Obviamente, um dispositivo de alta-potência, como uma impressora ou scanner, terá a sua própria fonte de alimentação. No entanto, dispositivos de baixa potência, como o mouse e as câmeras digitais, obtêm a energia a partir do barramento, de forma a simplificá-los. A energia (de até 500 milliampères a 5 volts) é gerada pelo computador. Caso possua muitos dispositivos com energia própria (como impressoras e scanners), então seu hub não necessita ser alimentado se nenhum dos dispositivos conectados ao hub necessita de energia adicional. Caso tenha vários dispositivos que não possuem energia própria, como mouse e câmeras, então será necessário um hub com alimentação de energia. Neste caso, o hub possui um transformador próprio que fornece energia ao barramento, de forma que os dispositivos não sobrecarregam o fornecimento de energia do computador. 



    O processo USB

    Quando o host (computador) é iniciado, ele interroga todos os dispositivos conectados ao barramento e designa um endereço para cada um. Esse processo é chamado de enumeração. Os dispositivos são também enumerados ao se conectarem ao barramento. O host também encontra, a partir de cada dispositivo, o tipo de transferência de dados que o mesmo deseja realizar:
    • Interrupção - usado em dispositivos como o mouse ou teclado, que enviarão pouquíssimos dados.

    • Bulk - um dispositivo como uma impressora, que recebe dados em grandes pacotes, utiliza esse modo de transferência. Um bloco de dados é enviado à impressora (em 64 fragmentos de bytes) e verificado para garantir se está correto.
    • Isócrono - um dispositivo de transmissão contínua (como alto-falantes) utiliza esse modo. Os dados fluem entre o dispositivo e o host em tempo real e não há correção de erros.
    O host também poderá enviar comandos ou verificar parâmetros através de pacotes de controle. Conforme os dispositivos são enumerados, o host manterá um registro da total da largura de banda que todos os dispositivos isócronos e os dispositivos de interrupção exigem. Eles podem consumir até 90% dos 480 Mbps da largura de banda disponível. Após 90% de uso, o host nega acesso a qualquer outro dispositivo isócrono ou de interrupção. As transferências de grandes pacotes de dados e de controle utilizam qualquer largura de banda restante (pelo menos 10%).
    O USB divide a largura de banda disponível em frames e o host controla os frames. Os frames contêm 1.500 bytes e um novo frame tem início a cada milissegundo. Durante um frame, dispositivos isócronos e de interrupção obterão um slot, assim as larguras de banda necessárias serão garantidas. As transferências de pacotes de dados e de controle utilizam qualquer espaço deixado. Os links técnicos presentes no final desse artigo contém maiores detalhes se você quiser aprender mais sobre esse assunto.
    Características do USB
    O Universal Serial Bus possui as seguintes características:

    • O computador atua como um host.
    • Podem ser conectados ao host até 127 dispositivos, diretamente ou através de hubs USB.
    • Cabos individuais USB podem ter até 5 metros; com hubs, os dispositivos podem ficar até 30 metros de distância do host (o equivalente a seis cabos).
    • Com o USB 2.0, o barramento possui uma taxa máxima de transferência de dados de 480 megabits por segundo.
    • Um cabo USB possui dois fios para energia (+5 volts e o fio terra) e um par trançado para a condução dos dados.
    • Nos cabos de energia, o computador poderá fornecer até 500 milliampères de energia a 5 volts.
    • Os dispositivos de baixa-potência (como o mouse) poderão puxar a energia diretamente do barramento. Os dispositivos de alta-potência (como impressoras) possuem fonte própria de alimentação e exigem mínima energia do barramento. Os hubs podem ter suas próprias fontes de energia para fornecer energia aos dispositivos conectados a ele.
    • Os dispositivos USB são hot-swappable (conectáveis "a quente"), ou seja, podem ser conectados e desconectados a qualquer momento.
    • Os diversos dispositivos USB podem ser colocados no modo sleep (hibernar) pelo computador host, quando o computador entrar no modo de economia de energia.
    Os dispositivos conectados à porta USB dependem de um cabo USB para a condução de energia e dados.

    Interior de um cabo USB: existem dois fios para a energia, +5 volts (vermelho) e o fio terra (marrom), e um par trançado (amarelo e azul) de fios para a condução dos dados. O cabo é blindado.
    USB 2.0
    O padrão para o USB 2.0 foi lançado em abril de 2000, como uma versão atualizada do USB 1.1.

    USB 2.0 (USB de alta velocidade) fornece uma largura de banda adicional para as aplicações de multimídia e de armazenamento e possui uma transmissão de dados 40 vezes mais rápida do que a do USB 1.1. Para possibilitar uma transição suave, tanto aos consumidores quanto aos fabricantes, o USB 2.0 possui plena compatibilidade com os dispositivos USB originais, além de funcionar com os mesmos cabos e conectores fabricados para a UBS original.
    O USB 2.0 suporta três velocidades (1.5, 12 e 480 megabits por segundo), suporta também dispositivos com baixa largura de banda, tais como tecladosmouses, bem como os dispositivos de largura de banda alta, como: Webcams, scanners, impressoras e sistemas de armazenamento de alta capacidade. O desenvolvimento da interface USB 2.0 permitiu que os fabricantes, líderes da indústria de PCs, planejassem muito rapidamente ao desenvolverem uma nova geração de periféricos para complementar os PCs de alto desempenho já existentes. A velocidade de transmissão do USB 2.0 também facilitou o desenvolvimento de novos PCs e seus aplicativos. Além do aumento da funcionalidade e do estímulo à inovação, o USB 2.0 aumenta a produtividade das aplicações de usuário e permite ao mesmo trabalhar com múltiplos aplicativos para PCs de uma única vez ou diversos periféricos de alto desempenho de modo simultâneo

    Como funcionam as portas seriais

    Introdução

    Considerada uma das conexões externas mais básicas para um computador, a porta serial é parte integrante da maioria dos computadores há mais de 20 anos. Embora muitos sistemas novos tenham abolido a porta serial completamente, colocando em seu lugar conexões USB, a maioria dos modens ainda utiliza a porta serial, assim como algumas impressoras, PDAs e câmeras digitais. Poucos computadores possuem mais de duas portas seriais.


    Duas portas seriais na parte de trás de um PC
    Essencialmente, as portas seriais oferecem um protocolo e um conector padrão para permitir a conexão de dispositivos como modens ao computador. Neste artigo, você aprenderá a diferença entre uma porta paralela e uma porta serial, o que cada pino faz e como é controle de fluxo de dados. 


    Precisa-se de UART

    Todos os sistemas operacionais em uso atualmente suportam portas seriais. Isso porque elas estão presentes há décadas. As portas paralelas são uma criação mais recente e são muito mais rápidas que as portas seriais. As portas USB têm apenas alguns anos de vida e provavelmente irão substituir completamente as portas seriais e paralelas dentro de alguns anos. O nome "serial" vem do fato de que uma porta serial "serializa" os dados. Isto é, ela pega um byte de dado e transmite os 8 bits de byte, um por vez. A vantagem é que uma porta serial necessita de apenas um fio para transmitir os 8 bits (uma porta paralela necessita de 8). A desvantagem é que ela leva 8 vezes mais tempo para transmitir os dados do que se tivesse 8 fios. As portas seriais tornam os cabos menores, diminuindo seu custo.
    Antes de cada byte de dado, uma porta serial envia um bit de partida (start bit), que é um bit único com o valor 0. Após cada byte de dado, ela envia um bit de parada (stop bit) que indica que o byte está completo. Ela pode enviar também um bit de paridade.
    As portas seriais, também chamadas de portas de comunicação (COM), são bidirecionais. A comunicação bidirecional permite que cada dispositivo receba e envie dados. Dispositivos seriais utilizam diferentes pinos para receber e transmitir dados, pois a utilização dos mesmos pinos limitaria a comunicação a uma conexão do tipo half-duplex, o que significa que a informação poderia trafegar em apenas uma direção por vez. A utilização de pinos diferentes permite a comunicação full-duplex, em que a informação pode trafegar nas duas direções ao mesmo tempo.


    Este chip Dual Inline Package (DIP) de 40 pinos é uma variação do chip UART NS16550D da National Semiconductor
    As portas seriais dependem de um chip controlador especial, a UART (Universal Asynchronous Receiver/Transmitter), para funcionar adequadamente. A UART transforma em serial a saída paralela do barramento do computador, para realizar a transmissão via porta serial. Para funcionar de maneira mais rápida, a maioria dos chips UART possui um buffer embutido entre 16 e 64 kilobytes. Esse buffer permite que o chip armazene um cache de dados proveniente do barramento do sistema enquanto processa os dados que saem para a porta serial. Enquanto a maioria das portas seriais padrão possui uma transferência máxima de 115 Kbps (kilobits por segundo), portas seriais de alta velocidade como a Enhanced Serial Port (ESP) e a Super Enhanced Serial Port (Super ESP) podem atingir taxas de transferência de 460 Kbps. 



    A conexão serial

    O conector externo para uma porta serial pode ser tanto de 9 como de 25 pinos. Originalmente, a utilização principal de uma porta serial era conectar um modem ao computador. As funções dos pinos refletem isso. Vejamos o que acontece em cada pino quando um modem é conectado.

    Conectores seriais de 9 e de 25 pinos
    Conector de 9 pinos:
    1. Detector de portadora (carrier detect) - determina se o modem está conectado a uma linha telefônica em operação.
    2.
    Recebimento de dados (receive data) - o computador recebe as informações enviadas pelo modem.
    3.
    Transmissão de dados (transmit data) - o computador envia informações ao modem.
    4.
    Terminal pronto (data terminal ready) - o computador avisa ao modem que está pronto para se comunicar.
    5.
    Sinal de terra (signal ground) - pino ligado a terra.
    6.
     Modem pronto (data set ready) - o modem avisa ao computador que está pronto para se comunicar.
    7.
    Solicitação de envio (request to send) - o computador pergunta ao modem se pode enviar informações.
    8.
    Pronto para enviar (clear to send) - o modem avisa ao computador que as informações podem ser enviadas.
    9.
    Indicador de sinal (ring indicator) - assim que a ligação é estabelecida, o computador reconhece o aviso (enviado pelo modem) que indica que o sinal foi detectado.
    Conector de 25 pinos:
    1. Não utilizado.
    2.
    Transmissão de dados (transmit data) - o computador envia informações ao modem.
    3.
    Recebimento de dados (receive data) - o computador recebe as informações enviadas pelo modem.
    4.
    Solicitação de envio (request to send) - o computador pergunta ao modem se pode enviar informações.
    5.
    Pronto para enviar (clear to send) - o modem avisa ao computador que as informações podem ser enviadas.
    6. Modem pronto (data set ready) - o modem avisa ao computador que está pronto para se comunicar.
    7. Sinal de terra (signal ground) - o pino está ligado à terra.
    8.
    Detector do sinal de linha recebida (received line signal detector) - determina se o modem está conectado a uma linha funcional.
    9. Não utilizado: loop de corrente de tansmissão - retorno (+).
    10. Não utilizado.
    11. Não utilizado: loop de corrente de tansmissão - dados (-).
    12. Não utilizado.
    13. Não utilizado.
    14. Não utilizado.
    15. Não utilizado.
    16. Não utilizado.
    17. Não utilizado.
    18. Não utilizado: loop de corrente de recepção - dados (+).
    19. Não utilizado.
    20.
    Terminal de dados pronto (data terminal ready) - o computador avisa ao modem que está pronto para se comunicar.
    21. Não utilizado.
    22.
    Indicador de sinal (ring indicator) - assim que a ligação é estabelecida, o computador reconhece o aviso (enviado pelo modem) que indica que o sinal foi detectado.
    23. Não utilizado.
    24. Não utilizado.
    25. Não utilizado: loop de corrente de recepção - retorno (-).
    A tensão nos pinos do conector pode estar em dois estados: ligada ou desligada. Ligado (valor binário "1") significa que o pino está transmitindo um sinal entre -3 e -25 volts, enquanto desligado (valor binário "0") significa que ele está transmitindo um sinal entre +3 e +25 volts. 



    Controle de fluxo

    Um importante aspecto da comunicação serial é o conceito de controle de fluxo. Trata-se da habilidade de um dispositivo em ordenar que outro pare de enviar dados por um momento. Os comandos Solicitação de envio (RTS), Pronto para enviar (CTS), Terminal pronto (DTR) e Modem pronto (DSR) são utilizados para habilitar o controle de fluxo.

    Placa com duas portas seriais
    Vejamos um exemplo de como o controle de fluxo funciona: você possui um modem que se comunica a 56 Kbps. A conexão serial entre o seu computador e o modem transmite a 115 Kbps, o que é mais que o dobro da velocidade. Isso significa que o modem está recebendo mais dados do computador do que pode transmitir pela linha telefônica. Mesmo que o modem possua um buffer de 128K para armazenamento de dados, ele logo ficará sem espaço disponível no buffer e será incapaz de funcionar adequadamente com o fluxo de dados que chega.
    Com o controle de fluxo, o modem pode parar o fluxo de dados provenientes do computador antes que ele ultrapasse o buffer do modem. O computador envia constantemente um sinal no pino RTS e verifica se há sinal no pino CTS. Se não houver resposta do pino, o computador pára de enviar os dados, aguardando a resposta do pino CTS antes de reiniciar. Isso permite que o modem mantenha o fluxo de transferência de dados sem maiores problemas.